segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Castigo!

Duas adolescentes de aproximadamente treze anos encontraram uma maneira muito divertida e inusitada de entretenimento na escola. Em vez de assistirem às aulas de gramática, história e etc., as garotas preferiam fazer estalactites de papel higiênico no banheiro feminino. A arte, por assim dizer, consiste em molhar bolinhas do papel e jogá-las sobrepostas uma a uma no teto. Depois de algum tempo secam e, voilá, estalactites à vista! A diretora da escola, que surpreendeu o ato ilegal das moçoilas, decidiu não julgar e aplicar uma pena naquele instante, mas pensar melhor e elaborar uma correção de efeito, uma que as fizesse repensar suas ações. Sendo assim, a paciente gestora convidou as alunas a assistirem à limpeza dos banheiros realizada pela zeladora da instituição. Observando o grande esforço empregado pela funcionária para livrar o teto sanitário daqueles “enfeites”, as garotas perguntaram:
_ É a senhora quem sempre limpa o banheiro? Inocente e animada foi a resposta:
 _ Sim. Faço isso todo santo dia, pelo menos quatro vezes por dia. Deixo o mais limpo que posso para vocês usarem.
As meninas visivelmente emocionadas pediram desculpas, e voltaram à aula. Nunca mais se viu estalactites naquele lugar...
Empregar castigo é muito importante. Mas ele precisa estar, incondicionalmente, vinculado a um objetivo didático. O castigo não tem que ser aplicado logo no ato da “infração”. O melhor é seguir os passos da diretora: Definir a finalidade do castigo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Juntos educamos mais e melhor!

Por que as crianças, ao nascerem, não trazem consigo um manual de instruções para seus pais?
Um antropólogo evolucionista responderia: “Porque nossos ancestrais primitivos não sabiam ler ou escrever. Portanto, recorriam a outros meios para criar seus filhos. E mesmo que as necessidades provocassem mutações naquela espécie (como alguns acreditam ter ocorrido às girafas), e assim, passassem a desenvolver em seus organismos manuais sobre como lidar com seus rebentos, tais modificações, segundo a ciência, não seriam transmitidas à prole”.
Os religiosos, no entanto, diriam: “Somos feitos à imagem e semelhança do nosso criador. Sendo assim, não poderíamos apresentar em nosso corpo um membro cuja estrita função fosse orientar os pais sobre a educação dos seus filhos. Além do mais, A educação dos nossos descendentes é mais uma oportunidade que temos de manifestarmos a nossa fé em Deus, requerendo sua bênção, solicitando do seu saber infinito”.
Uma hibridação antropólogo-evolucionista-religioso explicaria: “Somos a evolução de uma espécie em cujo ambiente, por vezes se adaptou, por outras se modificou. Mas, mantemos desde a nossa concepção, através das mãos divinas, a farta erudição de buscar em Deus, nos livros ou em outrem, as respostas de que necessitamos. Sobretudo, ao que concerne a criação e educação dos nossos filhos. Seja meramente por amor, seja friamente pela contribuição à evolução e perpetuação da espécie”.
Evolucionistas, criacionistas e...hibridações à parte, em se tratando da educação dos nossos filhos, muitas vezes, valer-se das próprias experiências e consultar livros não é o bastante. O tal manual a que me refiro lá em cima seria um amigão. Mas, é melhor não contar com ele...
Venho sugerir, meus caros, uma parceria nessa difícil tarefa que consiste em eleger os pilares que nortearão a educação dos nossos pequenos. E a partir daí, seguir para uma segunda - e não menos complexa- etapa da educação: a adequação dessa, com o meio social no qual convive a criançada.
Se estruturarmos idealisticamente a formação educacional dos nossos filhos, correremos o sério risco de inseri-los num contexto social rígido e pouco preparado para receber e aceitar a individualidade. Por isso não há um manual de instruções. Porque não se pode simplesmente oferecer à criança uma educação pré-formatada e consistente apenas dentro do confinamento do nosso lar. Precisamos educar considerando as variáveis do sistema global ao qual integramos.
 Nessa hora, compartilhar, ouvir e buscar experiências alheias sobre o assunto pode ser enriquecedor, divertido e, nessa sinergia, tornar a nossa missão mais apropriada, eficiente e tenra.